A gripe H1N1 é um vírus que consiste em uma doença causa por mutação do vírus da gripe. Popularmente conhecida como gripe suína, a H1N1 é um subtipo da Influenza tipo A que se tornou bastante conhecida entre 2009 e 2010, quando afetou grande parcela da população mundial.
Os sintomas são bastante semelhantes ao vírus da gripe comum e a forma de transmissão ocorre da mesma maneira, no entanto, a H1N1 pode levar a complicações mais graves no quadro geral do paciente, podendo leva-lo à óbito.
Período de contágio da doença
O período em que o vírus fica incubado, pode variar de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. No entanto, o paciente pode ter a doença de maneira assintomática, ou seja, sem apresentar nenhum sintoma ou reação.
Durante o período de incubação da doença, mesmo que o paciente a tenha de forma assintomática, é possível transmitir a doença. Em crianças, o período de transmissão pode chegar até 14 dias, enquanto nos adultos o tempo é de sete dias.
O vírus pode ser transmitido até um dia antes de surgirem os sintomas. No caso de contágio, se houver algum sintoma, sobretudo febre, as chances de adquirir a doença aumentam.
Diferenças entre H1N1, H2N3 e H3N2
Entre os três tipos de vírus, não existem grandes diferenças no que diz respeito às doenças causas, sintomas e métodos de tratamento. A diferença entre os três subtipos de vírus está nas proteínas específicas que cada um possui em sua superfície.
Recentemente o Ministério da Saúde revelou que o vírus H2N3 não existe no Brasil.
Causas do vírus H1N1
Originalmente o vírus H1N1 teve suas primeiras formas descobertas em porcos, no entanto, as mutações seguintes passaram a ser transmitidas para humanos também. Por ser um vírus novo e sem métodos preventivos, o H1N1 se espalhou rapidamente ao redor do mundo.
A transmissão acontece da mesma maneira que uma gripe comum, por meio de secreções respiratórias, sendo elas gotículas de saliva e, principalmente, tosses e espirros. Após contrair o vírus, uma pessoa pode demorar até quatro dias para começar a ter os sintomas e até sete dias para ser capaz de transmiti-lo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há chances do vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, pois o mesmo será eliminado caso o alimento seja aquecido até 71°C
Fatores de risco
Como qualquer tipo de gripe, a H1N1 pode atingir qualquer pessoas de qualquer idade, no entanto, quando houve a pandemia do vírus, notou-se que os maiores índices de contágio ocorreram em pessoas com idades entre 5 e 24 anos. Poucos foram os casos de pessoas acima dos 65 anos.
Confira abaixo quais são os principais grupos de risco:
· Gestantes
· Trabalhadores da área da saúde
· Povos indígenas
· Pessoas com mais de 60 anos
· População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
· Pessoas portadoras de doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas crônicas
· Pessoas com diabetes
· Pessoas com síndrome de Down
· Pessoas com obesidade (grau III)
· Transplantados.
Pessoas pertencentes ou não dos grupos de risco devem se atentar a:
· Ambientes fechados com pouca ventilação e/ou com aglomeração de pessoas;
· Levar as mãos à boca ou nariz sem estar higienizadas;
· Contato próximo a uma pessoa doente.
Sintomas do H1N1
Apesar dos sintomas serem extremamente parecidos ao de uma gripe comum, é necessário redobrar a atenção caso apareçam de forma mais grave ou com complicações. Dentre os principais sintomas estão:
· Febre alta
· Tosse
· Dor de cabeça
· Dores musculares
· Falta de ar
· Espirros
· Dor na garganta
· Fraqueza
· Coriza
· Congestão nasal
· Náuseas e vômitos
· Diarreia.
Todas as complicações decorrentes da gripe H1N1 aparecem de maneira mais acentuada em pessoas jovens, o que difere de uma gripe convencional. A insuficiência respiratória também pode ser um sintoma frequente quando a H1N1 não é tratada de maneira correta. Nos casos mais graves, esse sintoma pode levar o paciente à morte.
Prevenção
A prevenção da H1N1 se assemelha bastante ao de qualquer outra gripe, no entanto, a atenção e o cuidado devem ser redobrados. Confira algumas dicas:
· Evite contato próximo a pessoas infectadas;
· Lave sempre as mãos com água abundante e sabão, mantendo-as sempre limpas e longe do rosto;
· Higienize a mão com álcool em gel;
· Mantenha hábitos de alimentação saudáveis;
· Beba bastante água;
· Evite frequentar locais fechados com muitas pessoas.
Vacinação
A vacinação está disponível nas redes públicas de saúde para gestantes, idosos, profissionais da saúde, mulheres que tiveram filhos dentro 45 dias, crianças de 6 meses a 4 anos, pessoas com doenças crônicas e indígenas.
Na rede pública, a dose da vacina é trivalente, ou seja, imuniza o indivíduo contra os três tipos de vírus. Segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde, a vacina deve ser tomada anualmente, a fim de proteger o paciente o vírus persistente durante aquela época.