A Doença de Parkinson, também conhecida como Mal de Parkinson, é uma doença progressiva que afeta o sistema neurológico do indivíduo, ocasionando sintomas como tremores, rigidez, dificuldades de locomoção e de movimentos. É um dos distúrbios mais comuns que afetam a terceira idade e não há como se prevenir.
Os fatores de risco reconhecidos são: histórico familiar, traumas no crânio e exposição a alguns tipos de componentes químicos. Cerca de 80% dos pacientes após dez anos com a doença já começam a apresentar sintomas de demência e invalidez.
O que é o Mal de Parkinson?
O nosso cérebro é o responsável por todas as atividades do nosso corpo, partindo desde nossos pensamentos até um simples piscar de olhos. Essas ações somente são possíveis porque o nosso sistema nervosos central gera uma espécie de ordem e os neurotransmissores são os responsáveis por levar ao seu destino: os nossos músculos.
Nós possuímos um grupo de células cerebrais chamada de neurônios dopaminérgicos são as responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que é responsável pelos nossos movimentos finos e coordenados, como por exemplo caminhar ou tomar um copo de água.
Quando o paciente possui o Mal de Parkinson, ocorre a destruição desses neurônios, o que gera uma escassez de dopamina no sistema nervoso central. A falta desses neurônios implicam em um distúrbio nos movimentos, fazendo o paciente perdê-los parcialmente ou em sua totalidade, mediante o grau em que a doença se encontra.
Fatores de Risco
Existem alguns fatores de risco que podem acarretar na Doença de Parkinson. Confira a seguir:
• Idade: O nível de incidência entre pessoas jovens é significativamente menor, comparado a pessoas da terceira idade. O risco da doença aumenta conforme a idade do paciente, sendo que a maioria dos pacientes passam a desenvolver a doença por volta dos 60 anos de idade.
• Histórico familiar: Para pessoas que têm histórico familiar da doença, principalmente em parentes próximos, aumenta as chances de desenvolver a doença. No entanto, mesmo nesse caso, as chances são pequenas, a menos que na família possua muitos indivíduos com a doença de Parkinson.
• Gênero: Em questões de gêneros, homens possuem mais propensão de desenvolver a doença do que mulheres.
• Exposição a componentes químicos: Indivíduos que são expostos frequentemente a herbicidas e pesticidas têm ligeiramente um risco maior de desenvolver a doença.
Sintomas
A Doença de Parkinson pode afetar os dois lados ou apenas um lado do corpo do indivíduo. O nível de gravidade e a perca dos movimentos podem variar de paciente para paciente.
Os sintomas podem ser divididos em três grupos conforme a seguir:
Primeiro estágio
No primeiro estágio da doença, os sintomas são mais suaves e muitas vezes pouco perceptíveis, sendo eles:
• Tremores;
• Movimentos lentos;
• Rigidez nos músculos.
Segundo estágio
Com a evolução do quadro, mais alguns sintomas surgem:
• Passos mais curtos;
• Corpo com inclinação para afrente;
• Redução do movimento dos braços ao andar.
Terceiro estágio
Quando a doença atinge um estágio mais avançado, os sintomas passam a ser mais significativos.
• Diminuição ou perca de movimentos automáticos;
• Falta de expressão no rosto;
• Dores musculares;
• Tremores que desaparecem enquanto está em movimento;
• Dificuldade de engolir;
• Tendência a babar;
• Perda da motricidade fina;
• Dificuldade para começar ou continuar movimentos.
Outros sintomas
Além das dificuldades motoras, o paciente pode apresentar:
• Demência;
• Intestino preso e constipação;
• Ansiedade;
• Estresse;
• Depressão;
• Confusão;
• Desmaios;
• Alucinações;
• Perda de memória;
• Voz mais baixa e para dentro.
Estes sintomas podem piorar com o cansaço e estresse do paciente.
Tratamento
Não existe uma cura comprovada para o Mal de Parkinson. O tratamento consiste, prioritariamente, no controle dos sintomas e da evolução da doença. Normalmente é feito através de medicamentos, mas alguns casos podem necessitar de intervenção cirúrgica.
Também pode ser receitada a mudança nos hábitos diários do paciente, incluindo exercícios aeróbicos de maneira contínua e, em alguns casos, pode ser que seja necessária a terapia física para melhorar o senso de equilíbrio do indivíduo.