Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, mas em 2018 houve um novo surto da doença, foram registrados 10.163 casos confirmados e, até fevereiro de 2019 já foram 12 mortes confirmadas, sendo quatro em Roraima, seis no Amazonas e duas no Pará, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). Vamos entender um pouco mais sobre a doença e os motivos que contribuíram para um o surto.
O sarampo é uma doença infecciosa por um vírus altamente contagioso chamado morbillivirus. A sua transmissão se espalha pelo ar por gotículas respiratórias produzidas ao tossir ou espirrar, por isso sua transmissão é rápida.
Só na Europa ele atingiu um número recorde de 80 mil infectante em 2018 de acordo com a (OMS). Causando a morte de 72 adultos e crianças. E no Brasil tem um avanço alarmante.
A maioria das mortes ocorre em razão de complicações da doença, que pode causar cegueira, encefalite (infecção acompanhada de edema cerebral), diarreia grave (que pode levar à desidratação), infecções de ouvido e outras doenças respiratórias, como a pneumonia.
Sarampo: Fake News e Surto
As fake news são notícias falsas, que são espalhadas pela população (e por partes interessadas), com o objetivo de confundir e influenciar as decisões das pessoas. Um dos motivos desse surto se deu pelo fato da notícia de que a vacina estava provocando mortes. Por isso, em 2018 a campanha de vacinação registrou uma das maiores quedas nas imunizações em todos os tempos.
A desinformação compartilhada por aplicativos como WhatsApp provocou a queda e apenas 73% das crianças foram imunizadas no ano de 2018, e a doença considerada erradicada no Brasil voltou com força provocando o surto.
O sarampo ainda constitui um grande risco, principalmente para crianças e idosos, a sua prevenção é fundamental para essas idades.
Sintomas
Os sintomas iniciais são:
• Febre
• Tosse persistente
• Congestão nasal
• Irritação ocular
• Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de Koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas;
• E o que mais representa a doença: manchas avermelhadas pelo rosto e corpo.
Essa última apresenta em lesões muito dolorosas principalmente na boca.
Períodos dos Sintomas
A doença se apresenta em períodos como:
• Período de incubação: surge a febre, acompanhada de tosse seca, coriza e irritação ocular;
• No 2° e 3º dia surgimento de manchas: nota-se pequenas lesões na mucosa bucal, também conhecida como manchas de Koplik.
• Remissão: caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre. Após três dias, as manchas se tornam acastanhadas com descamação fina da pele, nome de furfurácea.
• Período toxêmico: o sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. As complicações são frequentes, principalmente nas crianças até os dois anos de idade (em especial as desnutridas), idosos e jovens adultos.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, principalmente por meio da identificação das manchas de Koplik e mediante detecção de anticorpos feito por avaliação de um médico durante a consulta.
Associada a exames laboratoriais que detectam o anticorpo por ensaio imunoenzimático para dosagem de IgM e IgC (EIE/ELISA) no sangue, na fase aguda da doença desde os primeiros dias até a 4 semana após o aparecimento.
As coletas após o 28° dia são consideradas tardias, mas mesmo assim devem ser enviadas ao laboratório.
Prevenção: como evitar a doença
A vacinação é a melhor forma de proteção contra o sarampo e, mesmo depois que a doença já tenha começado a se espalhar, a vacina ainda pode reduzir o número de casos e mortes.
Normalmente as crianças já nascem com alguns anticorpos, herdados da mãe, protegendo-as até o momento em que se toma a primeira dose da vacina, que ocorre já nos primeiros dois anos de vida.
O HNIG é uma concentração de anticorpos que podem dar a proteção mais imediata contra o sarampo. HNIG é considerado, igualmente, no prazo de 5 dias da exposição para crianças e adultos com sistemas imunitários comprometidos.
Os adultos que não foram vacinados devem procurar se imunizar o quanto antes, principalmente, se estão inseridos nos grupos de risco, como grávidas, lactantes e pessoas com baixa imunidade. Após os 20 anos de idade, os riscos de morte por sarampo aumentam consideravelmente.
No Brasil, a vacinação é feita nas CAMPANHAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO, o esquema vacinal funciona de acordo com a faixa etária:
• Crianças de 1 a 5 anos de idade: dose (tríplice viral) aos 12 meses e outra (tetra viral) aos 156 meses de idade;
• Crianças de 5 a 9 anos que não foram vacinadas: duas doses tríplice;
• Adolescentes e adultos com até 49 anos de idade: de 10 a 29 anos, duas doses tríplice, de 30 anos a 49 anos, uma dose de tríplice viral.
Tratamento
Não existe uma medicação antiviral e nem tratamento especifico para o sarampo, apenas se trata os sintomas, sendo a vacina a melhor medida para evitar a doença.
A vacina é administrada em duas doses, em crianças no primeiro ano de vida e reforçada aos 6 anos.
Embora não exista um tratamento específico, pois nosso corpo gera anticorpos para combater o vírus, algumas indicações devem ser seguidas para diminuir os sintomas:
• Repouso
• Boa alimentação
• Ingestão de líquidos
• Uso de medicamentos antitérmicos
• Tomar vitamina A
• Prevenção (lavar mãos e usar máscaras)
Como se sabe a vacinação é a forma de prevenção mais eficaz contra o sarampo. Que deve ser tomada durante a infância que se chama tríplice viral que combate o sarampo, a rubéola e a caxumba.
Também pode ser tomada a tetra viral para a catapora, o sarampo, a caxumba e a rubéola.
Previna-se de doença? Confira no nosso post quais os alimentos que aumentam a imunidade do nosso organismo.