Umas das funções mais desafiadoras de um gestor de equipe de saúde é o gerenciamento de escalas. Isso porque são diversos os fatores que precisam ser analisados na hora de organizar essa tabela como, por exemplo, as horas extras e as interjornadas.

Essa tarefa é mais simples quando a equipe é pequena e a jornadas de trabalho também. Entretanto, as grandes empresas, principalmente as que funcionam 24 horas, encontram maiores dificuldades, já que possuem profissionais com diferentes tipos de contrato de trabalho.

Por esse motivo, no post de hoje vamos apresentar algumas dicas para fazer uma gestão de escala eficiente. Continue a leitura e confira.

 

O que é gestão de escala?

Uma escala é o tempo determinado para um profissional trabalhar em uma instituição. A gestão da escala nada mais é que a organização da jornada de cada colaborador de acordo com as necessidades da empresa, visando sempre maior produtividade e menor custo.

É importante mencionar que a gestão deve ser feita com base nas leis trabalhistas e de acordo com as determinações dos sindicatos de cada categoria. A empresa não pode criar escalas somente com base nos seus interesses.

 

Qual a importância de uma gestão de escala adequada para eficiência da equipe?

A gestão de escala em saúde permite organizar o horário de trabalho das equipes de modo que atendam com mais eficácia as necessidades dos clientes. Isso evita que poucos profissionais estejam trabalhando em períodos com alta demanda, o que ocasiona filas e insatisfação.

Além disso, com sua jornada definida os funcionários podem ter maior organização, evitando marcar compromissos nos dias de trabalho predeterminados.

Uma gestão de escala participativa, ou seja, que consulta os profissionais, faz com que eles se sintam mais valorizados, executando suas tarefas com maior eficiência e satisfação.

 

Principais desafios da Gestão de Escalas

No caso de funcionários de carteira assinada, o responsável por organizar as jornadas precisa seguir as regras estabelecidas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o que pode acabar dificultando a criação da escala, já que cada contrato tem uma especificidade. Confira:

 12x36: Funcionários com essa jornada precisam descansar 36 horas após 12 horas trabalhadas.

·          5x1: A cada 5 dias trabalhados o colaborador deve folgar 1. Além disso, a cada sete semanas uma folga deve ser no domingo. Esse profissional não deve trabalhar mais que 7:20 por dia.

·         5x2: Nesse modelo o funcionário deve folgar 2 dias a cada 5 trabalhados. Quando a jornada é cumprida aos feriados e domingos é paga em dobro.

·         6x1: O trabalhador deve descansar 1 dia a cada 6 trabalhados.

Além dessas particularidades, o colaborador que cumpre jornada aos finais de semana tem direito a um domingo de folga a cada 7 semanas. Já as mulheres devem folgar um domingo a cada 15 dias.

Outro ponto que deve ser levado em consideração na hora de montar a sua escala são os horários de descanso, devendo ser evitado que o trabalhador faça horas extras além do que é permitido por lei.

Deve-se atentar também aos horários de almoço e lanche e os intervalos de interjornada, ou seja, o tempo necessário entre a saída do trabalho até o retorno.

Além disso, é preciso conhecer as particularidades de cada profissão, em alguns segmentos os profissionais têm uma jornada limite de 30 horas semanais.

Como você pôde ver, a gestão de escalas não é uma tarefa fácil. São diversos os pontos que precisam ser levados em conta, principalmente quando há inúmeros contratos de trabalho. É preciso elaborá-la de modo que não prejudique o trabalhador e muito menos o financeiro da instituição.

 

Dicas para uma correta gestão de escala

Para garantir que a gestão da escala seja eficaz e sem falhas é possível adotar algumas práticas, veja abaixo quais são:

 

·         Planejamento:

O planejamento é a palavra-chave de qualquer processo de uma organização, sendo igualmente importante na gestão de escala.

Comece a montar os horários de cada equipe com antecedência. Peça aos colaboradores que avisem com antecedência necessidade de alterações, quando possível.

Isso evita que a escala tenha que ser mudada em cima da hora, causando prejuízos para a instituição e aos outros profissionais.

 

·         Consulte os colaboradores:

Alinhar as necessidades da organização com as dos funcionários é fundamental para aumentar o nível de satisfação e, consequentemente, a produtividade.

 

·         Acesso instantâneo aos dados:

Os dados em tempo real possibilitam monitorar os planos de trabalho e garantir a sua execução.

 Algumas metodologias não fornecem dados imediatamente, apenas armazenam para que posteriormente sejam transferidos para o sistema. Esse processo pode trazer prejuízos para empresas e colaboradores.

 

·         Automação:

A automação facilita o processo de gestão da escala pois promove maior controle para empresas que precisam gerenciar vários tipos de contrato e jornadas.

Além disso, os processos manuais aumentam o risco de falhas humanas, que podem ser evitados com a tecnologia ideal.


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