A terceirização é uma prática bastante comum em diversos segmentos para impulsionar o desempenho do negócio, já que traz inúmeras vantagens para quem opta por essa modalidade.
A terceirização na área da saúde não é diferente, conferindo maior competitividade à instituição por gerar eficiência, agilidade, redução de custos, otimização de processos e qualidade na assistência.
Mas para que essa estratégia empresarial seja benéfica, é necessário contar com a parceria certa. Caso contrário, a prática pode trazer algumas desvantagens. Continue a leitura e saiba mais.
O que é terceirização na área da saúde?
A terceirização na área da saúde consiste em contratar equipamentos ou transferir para terceiros a execução de tarefas, o fornecimento de produtos e diversos outros serviços relacionados.
O principal objetivo da terceirização é reduzir custos, melhorar a qualidade dos serviços prestados e aumentar a produtividade e a competitividade do negócio.
Inicialmente as instituições de saúde terceirizavam apenas setores secundários como a higienização, laboratório de análises clínicas, estacionamentos, serviços de segurança, recepção e nutrição, por exemplo.
Atualmente, atividades principais também são frequentemente terceirizadas, tais como: equipe de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, serviços de ambulância e outros.
Quais são as principais vantagens da terceirização na saúde?
A terceirização na área da saúde traz inúmeras vantagens. Por meio dela é possível reduzir desperdícios, ter maior qualidade e controle em todos os processos da instituição, otimizar serviços, aumentar a produtividade e direcionar esforços e recursos para o core business.
Mas o principal benefício visado por quem terceiriza os serviços de saúde é a redução de custos. E isso acontece de diferentes maneiras, veja abaixo:
Redução do quadro de funcionários;
Eliminação de ações sindicais e trabalhistas;
Diminuição dos custos com água, energia, telefonia e internet;
Redução de gastos com treinamento e desenvolvimento de colaboradores;
Eliminação de gastos com recrutamento, seleção, contratação e demissão de funcionários;
Diminuição de encargos trabalhistas;
Redução de despesas relacionadas com os profissionais tais como: férias, faltas, doenças, licenças, 13º salário, gratificações, programas de incentivo, horas extras...
Quais são as principais desvantagens da terceirização dos serviços de saúde?
As desvantagens da terceirização na área da saúde envolvem a má qualidade dos serviços prestados pela contratada, a falta de controle sobre os funcionários, a resistência à mudança por parte dos gestores, a demissão de profissionais próprios e seus custos relacionados, além do aumento da dependência de terceiros.
Grande parte desses problemas podem ser solucionados com a escolha correta da empresa terceirizada. Para isso avalie o histórico dela no mercado, o nível de qualificação dos profissionais que trabalham nela, confira se existem certificados de qualidade e avaliações positivas de outros clientes.
Uma empresa idônea dificilmente trará transtornos, mas sim ajudará no desenvolvimento saudável da instituição.
Quais são as premissas da terceirização da prestação de serviços de saúde no SUS?
No que se refere à terceirização da saúde pública, cabe destacar que existem três condições bastante distintas na legislação trabalhista:
1. Privatização: Acontece através de contrato, convênio ou termo de parceria de gestão. Nela a unidade de saúde pública é administrada pela entidade privada contratada para a execução e prestação de serviços públicos de saúde.
2. Terceirização: Quando o SUS contrata serviços complementares de empresas privadas para atuar em toda a saúde pública, em determinado setor ou região.
3. Descentralização: Acontece quando o Estado cria um ente próprio para execução do serviço como autarquia e fundação pública, por exemplo.
Ainda, segundo o artigo 199º da Constituição Federal de 1988, a assistência à saúde é livre à iniciativa privada. Sendo que de acordo com o § 1º: as instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Além disso, conforme consta no Art.24 da Lei Orgânica de Saúde nº 8.080/90: Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.
Quais são as características da terceirização da saúde em hospitais e clínicas privadas?
A terceirização na área da saúde, seja ela em clínicas ou hospitais privados, visa direcionar esforços e recursos para a atividade-fim da instituição. Desse modo, é possível produzir mais e melhor, além de aumentar o desempenho e resultados do negócio.
Além disso, conforme aponta um estudo sobre terceirização em hospitais feito na região metropolitana de Belo Horizonte, a maior parte dos serviços terceirizados ocorre nas áreas auxiliares imprescindíveis ao funcionamento dessas organizações, como os serviços de limpeza, segurança, transporte e lavanderia, além dos serviços prestados pela Central de Materiais Esterilizados (CME) e o Serviço de Nutrição e Dietética (SND).
Considerações finais
A terceirização na área da saúde é uma prática em crescimento por trazer inúmeros benefícios para os que a aderem.
No entanto, é necessário ter alguns cuidados na hora da contratação da empresa terceirizada a fim de garantir a qualidade dos serviços prestados.
Ademais, a terceirização para complementar o atendimento na saúde pública é uma solução lícita e que ajuda a resolver os déficits existentes nessa esfera, principalmente em tempos de pandemia e superlotações nos hospitais.
Além da terceirização, uma forma de reduzir custos é fazer uma gestão de compras hospitalares eficiente. Conheça as melhores práticas: clique aqui.