Quando falamos
de saúde, a gestão de fornecedores deve ser realizada com a máxima eficiência
possível. Afinal, a falta de insumos pode colocar em risco à vida dos
pacientes.
Entretanto, é
certo que esse gerenciamento é uma tarefa complexa, levando em consideração a
enorme quantidade de fornecedores que uma instituição de saúde possui.
Pensando nisso,
reunimos no post de hoje as melhores práticas de gestão e algumas recomendações
valiosas para aumentar a eficácia dessa atribuição. Confira!
Quais são os
principais desafios da gestão de fornecedores na área da saúde?
Assim como
diversas outras funções na área da saúde, a gestão de fornecedores possui
alguns desafios que devem ser superados para que todas as atividades operem com
sucesso.
Se você atua
nesse setor, certamente vai se identificar com algumas dificuldades
mencionadas. No entanto, caso esteja se preparando para um novo cargo, continue
a leitura e fique munido das informações que quase ninguém te conta e você só
aprende com a prática:
Encontrar
bons fornecedores
O primeiro
desafio já começa na hora de escolher os fornecedores, isso porque eles
precisam ser extremamente competentes.
A parceria
correta é aquela que garante a qualidade dos insumos oferecidos, de modo que o
atendimento ofertado aos pacientes seja de excelência. Portanto, o preço não deve ser o único
critério de escolha.
Para facilitar essa
tarefa, adiante separamos algumas recomendações que vão te ajudar a avaliar os
fornecedores.
Monitoramento
do transporte
Acompanhar o
transporte das compras é essencial, principalmente quando se trata de um item
emergencial ou que já está em falta.
Entretanto,
eventualidades podem acontecer, tais como quebra do veículo, o motorista se
envolver em acidentes de trânsito ou congestionamentos, por exemplo.
Nessas
situações, o gestor de fornecedores precisa acionar o plano B e encontrar uma
forma de não deixar o insumo faltar.
Uma recomendação
relevante é priorizar fornecedores que disponibilizem rastreamento do
transporte e contar com o apoio de sistemas automatizados e integrados.
Bom
relacionamento com os fornecedores
Podemos
considerar que o bom relacionamento é a peça-chave para uma gestão de
fornecedores de sucesso.
Manter uma
relação amigável com quem abastece a instituição de saúde pode ser crucial para
resolver problemas de última hora, ou popularmente falando “quebrar um galho”.
Entretanto,
geralmente há inúmeros fornecedores para lidar, e nem sempre é possível criar
um vínculo mais próximo com todos.
Controle do
estoque
O controle do
estoque não depende apenas do departamento de compras, e isso pode ser um
problema.
Cada setor
precisa realizar o inventário dos itens que possui e solicitar com
antecedência o que está faltando. Na prática, muitas vezes isso não é
feito, e as solicitações de compra são realizadas com base na confiança do
sistema – que muitas vezes não representa a realidade.
Bom relacionamento
com as outras instituições de saúde
Infelizmente, imprevistos
sempre acontecem. O insumo pode faltar no mercado por alta demanda, a
matéria prima pode estar em escassez, um medicamento pode ser descontinuado e
outros.
Nesses momentos,
vale recorrer às demais instituições e solicitar empréstimos para não
interromper o funcionamento das atividades.
Embora possa
parecer incomum, manter uma boa relação com a concorrência é fundamental. E
acredite, eles também precisarão de você um dia.
Premissas
importantes para a gestão de fornecedores em saúde
A gestão de
fornecedores em saúde precisa garantir o cumprimento dos prazos, se atentar ao
comprometimento do fornecedor e à sua capacidade de atender à demanda da
instituição.
Outros aspectos
relevantes são o custo-benefício e as condições de pagamento favoráveis.
Afinal, não adianta ter uma boa proposta de trabalho se a negociação não for
vantajosa.
A escolha de
quem vai abastecer a empresa deve ser feita criteriosamente, com base em
indicadores e fatos, e não apenas impressões positivas. Além disso, não se pode
esquecer de avaliar a saúde financeira do fornecedor.
O papel do
departamento de compras na gestão de fornecedores
Os profissionais
do departamento de compras são fundamentais, pois além de monitorar
frequentemente o estoque, também precisam ser flexíveis e manter um bom
relacionamento com os fornecedores, visando atender às necessidades da
instituição com uma ótima relação custo-benefício.
A escolha dos
responsáveis pelo abastecimento precisa ser realizada de forma criteriosa, priorizando
qualidade, preço justo e tempo de entrega.
Além disso, é
papel desse setor se preocupar com questões sociais relacionadas aos
fornecedores.
Para
exemplificar, podemos citar o problema enfrentado pela Zara. A marca sofreu danos graves em sua
reputação por possuir dentre os seus fornecedores uma empresa que mantinha os
trabalhadores em regime análogo à escravidão
Portanto, o
departamento de compras é essencial na gestão de fornecedores, se preocupando
com a idoneidade dos mesmos, fazendo uma qualificação cautelosa antes de
efetuar uma compra.
Como avaliar os
fornecedores
A avaliação dos
fornecedores deve ser feita em duas etapas. A primeira é na hora da contratação
e a segunda para analisar o atendimento prestado – verificando se é vantajoso
manter ou trocar.
Veja abaixo tudo
o que você deve considerar em cada estágio:
Contratação
Qualidade;
Tecnologias
utilizadas;
Reputação da
empresa;
Tempo de
mercado;
Saúde
financeira;
Capacidade de
fornecimento;
Referências de
outras instituições.
Pós-contratação
Suporte
oferecido;
Prazos de
entrega;
Atendimento
prestado;
Indicadores de
desempenho;
Relacionamento.
Melhores
práticas para uma gestão de compras eficiente
Agora que você já sabe qual é o papel desse departamento
na gestão de fornecedores, conheça as melhores práticas de compras:
Inventários periódicos: Conforme vimos anteriormente, o controle do estoque é uma das principais dificuldades da gestão de fornecedores. Por isso, é imprescindível realizar inventários periódicos e contar com um sistema eficiente que não apresente falhas constantes. Caso contrário, itens essenciais podem faltar e aí será necessário recorrer ao “bom relacionamento” com o fornecedor.
Sistemas de gestão modernos: Um software eficaz permite tomadas de decisões mais assertivas, maior controle sobre o estoque, monitoramento do desempenho dos fornecedores (índices de atrasos, preços praticados etc.) e otimização dos processos.
Estratégias de negociação: Estudar técnicas de
negociação é indispensável para conseguir comprar insumos com ótimos preços e
boas condições de pagamento.
Análise IDF: O Índice de Desempenho de
Fornecedores é utilizado para avaliar a performance das empresas em relação ao
fornecimento. Isso além de acompanhar o nível de serviço, também facilita o
processo de contratação.
Benchmarking: Consiste em avaliar a gestão de fornecedores das instituições de saúde concorrentes, visando incorporar suas melhores práticas ou aperfeiçoá-las. Também é interessante para encontrar novas empresas.
Levando em conta o que foi apresentado, podemos concluir
que a gestão de fornecedores em saúde é fundamental para o sucesso da
instituição. Isso porque diversos aspectos importantes são impactados
diretamente por essa função: financeiro, funcionamento das atividades,
qualidade dos serviços prestados, satisfação dos pacientes e outros.
Inclusive, a gestão de processos hospitalares é essencial para manter
o pleno funcionamento da instituição. Conheça os principais métodos da gestão
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