Sabemos que os hospitais e clínicas são locais que possuem muitos agentes infecciosos circulando. Por isso, é fundamental adotar medidas de controle de infecção hospitalar.

Procedimentos cirúrgicos mais invasivos e internações também são uma porta de entrada para microorganismos patogênicos, visto que o corpo e o sistema imunológico do paciente está mais debilitado.

Por isso, as instituições de saúde devem adotar medidas para fazer um controle de infecções e diminuir o número de casos nos hospitais. Essas medidas também proporcionam maior segurança para os profissionais da área da saúde.

Mas, você sabe quais as boas práticas que as empresas hospitalares devem implementar para manter a segurança de todos?

Preparamos esse artigo para você conhecer as principais medidas de segurança e esclarecer mais dúvidas sobre esse assunto.


O que é infecção hospitalar?

Entende-se como infecção hospitalar, qualquer infecção que o paciente apresente em decorrência de uma internação ou procedimento realizado em um hospital. A infecção pode aparecer ainda durante a internação ou após a alta.

É muito comum que os pacientes adquiram algum tipo de infecção hospitalar, tendo em vista que este é um ambiente em que se encontra pessoas muito doentes e com o sistema imunológico comprometido.

Outros fatores que levam ao quadro de infecção dos pacientes são:

  • Desequilíbrio da flora intestinal;
  • Realização de procedimentos invasivos;
  • Queda na defesa do sistema imunológico.


Portanto, hospitais e clínicas devem adotar medidas para gerar maior controle de infecção hospitalar e gerar mais segurança aos pacientes, tendo em vista que as bactérias hospitalares podem gerar infecções graves, pois são mais resistentes aos antibióticos.


O que é CCIH?

Para fazer o controle de infecção, os hospitais e clínicas devem criar a Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH). 

Essa comissão é formada por profissionais da área da saúde cuja função é estudar as características do hospital e desenvolver um programa de controle da infecção. Dessa forma, será possível reduzir o número de casos de pacientes infectados.

A CCIH realiza as seguintes funções:


Avalia os casos de infecções entre os pacientes;

Orienta os pacientes sobre os procedimentos invasivos e quais os riscos;

Treina os profissionais para adoção de medidas de segurança no dia a dia;

Monitora o serviço de limpeza no hospital e clínicas;

Faz o controle de surtos e pragas no hospital.


 Desse modo, é imprescindível que os profissionais de saúde tomem os cuidados básicos ao prestar o atendimento ao paciente.

Além disso, quando o paciente estiver em condições adequadas, recomenda-se dar a alta o mais breve possível, evitando que ele passe mais tempo internado e para diminuir o risco de contrair alguma infecção hospitalar.


Qual a importância de medidas de controle de infecção hospitalar?

Adotar medidas de controle de infecção hospitalar são importantes, pois ajudam a diminuir a taxa de transmissão de doenças.

Quando um paciente adquire uma infecção hospitalar, ele passa mais tempo no hospital. Isso gera mais gastos para a instituição que perde a oportunidade de cuidar de outros pacientes.

Em caso de infecções mais graves, os pacientes podem não resistir e vir a óbito, gerando ações e indenizações para o hospital.

Portanto, controlar a infecção é essencial para que o hospital seja um local que promova a saúde e não o adoecimento.


Quais são as melhores práticas para o controle da infecção hospitalar?

Agora vamos listar as boas práticas que devem ser adotadas para fazer o controle da infecção hospitalar. Confira:


1 - Utilizar equipamentos de proteção

Os principais fatores de risco em um hospital, estão relacionados à contaminação, através do contato com vírus, bactérias, fungos e outras substâncias químicas.

Por isso, os profissionais de saúde devem utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) para evitar o risco de contaminação e evitar o contato com fluidos corporais dos pacientes.

Os EPIs que devem ser utilizados pelos profissionais são: 

  • Luvas;
  • Máscaras;
  • Aventais;
  • Óculos de proteção;
  • Toucas.

 

Esses equipamentos auxiliam na proteção dos profissionais e evitam a disseminação de infecção nas unidades de saúde.


2 - Utilize materiais descartáveis

Os materiais descartáveis são ótimos para reduzir o índice de infecção hospitalar. Pois eles diminuem a propagação de bactérias e auxiliam na proteção dos colaboradores.

Além disso, é preciso estar atento ao descarte correto desses materiais, para evitar o risco de contaminação.

Em um hospital, os principais materiais descartáveis utilizados pelos colaboradores são:

  • Seringas;
  • Luvas;
  • Algodão;
  • Gaze;
  • Máscaras.


3 - Faça a higienização adequada das mãos

Um dos principais propagadores de doenças, sejam dentro ou fora de um hospital, são as mãos.

Isso porque temos contato com superfícies e objetos que podem estar contaminados todos os dias. Portanto, é necessário lavar as mãos com frequência para reduzir a taxa de infecção.

Se não for possível fazer a higiene com água e sabão, o recomendado é utilizar álcool em gel.


4 - Esterilize os equipamentos antes da utilização

Antes de utilizar algum equipamento cirúrgico ou aparelho não descartável, é necessário fazer a esterilização para evitar o risco de contaminação.

O processo de esterilização permite que os equipamentos estejam livres de bactérias, vírus ou fungos e possam ser utilizados nos pacientes de forma segura.


5 - Adotar protocolos de limpeza no hospital

Cada instituição de saúde deve criar um protocolo de limpeza para gerar mais segurança para os profissionais e pacientes.

Assim, é importante repassar aos profissionais quais medidas devem ser seguidas e eles devem respeitar o protocolo para garantir que os casos de infecção no hospital diminuam.

Além disso, os gestores de cada departamento devem verificar se a equipe está seguindo os protocolos adequadamente. Caso não estejam sendo seguidos, é necessário realizar treinamentos e orientar a equipe sobre a importância de seguir os procedimentos.


Qual é o papel do enfermeiro na prevenção da infecção hospitalar? 

Os enfermeiros possuem um papel fundamental no controle da infecção hospitalar. Pois, são eles que têm o primeiro contato com o paciente e devem seguir as medidas de segurança dos hospitais para evitar casos de contaminação.

Dessa forma, se o profissional não segue as medidas de segurança, ele coloca em risco a saúde do paciente e a dele.

Embora os enfermeiros tenham grande responsabilidade nesse processo, as suas ações são decorrentes de outros fatores.

Por exemplo, o hospital deve, primeiramente, elaborar as medidas de segurança e treinar os colaboradores. Somente depois disso, é possível cobrar que os profissionais sigam as normas.

As unidades de saúde ainda devem fornecer os equipamentos de proteção para que os profissionais possam utilizá-los no dia a dia.

Além disso, a enfermagem é responsável por buscar informações sobre novas doenças que podem ocorrer na unidade de saúde.

Por último, ela também cuida do treinamento de outros enfermeiros sobre essas doenças e as medidas que devem ser adotadas para evitar que ela se espalhe.


Considerações finais

Fazer o controle de infecção hospitalar é fundamental para evitar a disseminação de doenças, além de garantir a saúde dos pacientes e dos profissionais de saúde.

É vital que o hospital avalie as medidas que estão sendo tomadas diariamente e certifique-se de que as precauções de segurança necessárias estejam presentes para proteger aqueles que trabalham lá. Isso pode ser feito com avaliações contínuas, treinamento e equipamentos importantes, como máscaras ou luvas de proteção.

Por fim, é necessária uma parceria entre o hospital e os colaboradores para o controle das infecções hospitalares.

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