Fazer uma redução de custos hospitalares sem comprometer a qualidade dos serviços prestados aos pacientes é algo que todas as instituições de saúde buscam.

Afinal, é necessário investir em equipamentos, profissionais e infraestrutura para fornecer o melhor serviço para os clientes.

Entretanto, os recursos muitas vezes são direcionados para atividades desnecessárias, gerando alto custo financeiro para o negócio.

Para solucionar esse problema há algumas práticas que podem ser implementadas.

Continue lendo esse texto e confira as principais!

 

A importância de manter os custos hospitalares sob controle

A administração dos custos hospitalares garante um maior controle sobre as despesas e evita o uso incorreto de dinheiro em processos desnecessários.

Erros de planejamento e desperdício de recursos são muito comuns em instituições que não possuem uma gestão eficiente dos custos.

Por isso é tão importante ter um planejamento financeiro e controle eficaz das finanças para reduzir despesas e melhorar a eficiência dos serviços.

Ao promover a redução dos custos hospitalares, os recursos financeiros desperdiçados podem ser realocados para outras tarefas que garantem uma maior qualidade no serviço prestado ao consumidor.

Entretanto, para entender mais sobre esse assunto é importante que você saiba o que é a gestão de custos hospitalares e por que ela é importante para o seu negócio.


Gestão de custos hospitalares

A gestão de custos hospitalares visa coletar, organizar e comparar dados sobre todos os gastos envolvidos no hospital.

O principal foco é como os valores estão sendo investidos no atendimento e entrega de serviços aos pacientes.

Ao tornar as despesas conhecidas, o passo seguinte é administrá-las de forma correta e eficiente, evitando possíveis endividamentos e serviços sem qualidade.

A administração correta permite aumentar a qualidade dos atendimentos aos pacientes, além de otimizar os recursos das clínicas e hospitais e garantir processos mais eficazes nas instituições.

Mas como realizar tudo isso de forma produtiva? Primeiro é preciso entender quais são os processos necessários para identificar os custos.

 

Os diferentes tipos de custos

O mapeamento financeiro é um dos processos mais importantes na redução dos custos hospitalares.

Somente assim você saberá quais áreas demandam mais atenção e esforços na contenção de gastos.

Veja a seguir quais são os tipos de custos que podem estar prejudicando a sua margem de lucro.


Custos fixos e variáveis

Os custos são os gastos com prestação de serviço, produtos ou bens de consumo.

Na área da saúde, podemos usar como exemplo gastos com infraestrutura, equipamentos, salário dos médicos, entre outros.

Entretanto, todo custo é dividido em fixo e variável.


Fixo

Os custos fixos são os gastos permanentes e essenciais, independente se há ou não fluxo de serviço. 

Contas de água, luz, telefone, internet são alguns exemplos de gastos fixos que o empreendimento possui. Eles sempre serão o mesmo, independente do hospital ter ou não clientes.


Variável

Já os custos variáveis são aqueles que variam conforme a demanda de atendimentos ou serviços.

Por exemplo, na pandemia de COVID-19, a demanda por equipamentos de proteção individual (EPIs) aumentou de forma considerável, elevando os custos de várias clínicas e hospitais.


Custos diretos e indiretos

Além dos custos fixos e variáveis temos os custos diretos e indiretos.

 

Direto

Os custos diretos são os gastos que podem ser identificados com facilidade e estão diretamente relacionados aos produtos ou serviços ofertados.

No caso de hospitais e clínicas, os exemplos são: aquisição de quantidades de EPIs, medicamentos, salários, entre outros.

 

Indireto

Já os custos indiretos não possuem relação com os serviços prestados e não há a possibilidade de identificar valores consumidos.

Por exemplo, no final do mês não é possível saber quanto de energia elétrica foi consumida em um atendimento médico.

Agora que você já sabe como os custos são divididos, é hora de aprender sobre as despesas.


Despesas

As despesas são todos os gastos que não estão relacionados aos serviços hospitalares, mas que não deixam de ser importantes.

Alguns exemplos simples como o custo com café na recepção, descartáveis, entre outros são gastos que não são fixos e nem variáveis. Entretanto, impactam diretamente nas finanças.

Por isso, as despesas podem causar um custo elevado para hospitais e clínicas.


Quais são os processos necessários para identificar as possibilidades de redução de custos?

Para identificar oportunidades de redução de custos hospitalares, há algumas etapas importantes que precisam ser tomadas.

Primeiro, é importante compilar dados sobre todos os custos atuais dentro do hospital. Isso inclui custos diretos e indiretos associados à operação da instalação. Tudo que discutimos no tópico acima.

Depois que todas essas informações forem coletadas, elas poderão ser analisadas para procurar áreas onde os gastos possam ser maiores do que o necessário.

Em seguida, dados de benchmarking devem ser coletados de outros hospitais semelhantes, a fim de comparar e contrastar estruturas de custos. Isso ajudará a identificar áreas em que o hospital em análise pode ter a oportunidade de economizar não somente dinheiro, mas também tempo.

Finalmente, uma vez identificadas as áreas potenciais de redução de custos, é importante desenvolver e implementar estratégias para alcançar essas reduções. Isso pode exigir mudanças nos procedimentos operacionais e/ou nos níveis de pessoal.

 

7 passos para reduzir custos em hospitais e clínicas.

Uma pesquisa mostra que 53% dos gastos hospitalares no Brasil são desperdícios que podem ser controlados e, corrigindo algumas falhas, as oportunidades de ganhos em assistência chegam a R$ 38,9 bilhões.

Com isso em mente, separamos 7 passos para te ajudar a diminuir gastos:


1- Simplifique processos

Reduza o tempo gasto em tarefas que podem ser solucionadas de forma rápida e objetiva.

Nesse caso, é importante avaliar as rotinas administrativas e identificar a sua eficiência em determinados processos.

A partir desse levantamento, as mudanças devem ser implementadas junto aos colaboradores. O objetivo é que cada funcionário simplifique os seus serviços sem deixar a qualidade de lado.

Por isso é importante informar a todos sobre quais são as mudanças necessárias e como eles devem executar as tarefas a partir de então.

Alguns exemplos de simplificação de processos:

? Redução do tempo de atendimento;

? Realizar somente exames necessários;

? Uso controlado de equipamentos e medicamentos hospitalares.

 

Essas pequenas ações garantem um serviço mais eficiente, diminuindo a permanência do paciente por períodos prolongados em clínicas e hospitais.


2- Use a automatização 

Automatizar algumas tarefas pode ser uma opção para reduzir gastos e aumentar a eficiência dos colaboradores.

Há diversas ferramentas tecnológicas que você pode implementar. Entre elas, temos:

? Sistema de consulta: é um tipo de sistema de agendamento em que é possível solicitar e remarcar consultas de forma rápida;

? ERP de saúde (Enterprise Resource Planning): sistema específico para a gestão de diferentes setores e processos de instituições hospitalares;

? Agendamento online: evita o deslocamento do paciente até o local e agiliza o trabalho de recepcionistas;

? Pulseiras eletrônicas: são pulseiras com código de barras usadas para identificar pacientes e auxiliar os profissionais de saúde na hora de realizar atendimentos.

 

Estes sistemas facilitam a realização de tarefas burocráticas que são menos eficientes quando realizadas manualmente.

Além disso, a automatização simplifica ações e traz mais agilidade para o seu negócio.


3- Transforme os espaços 

Você sabia que o uso do espaço também influencia na redução de custos hospitalares?

Geralmente, a maneira como o ambiente está organizado facilita a realização de tarefas.

Nesse caso, observe como os móveis estão dispostos nos consultórios e recepções, por exemplo. Verifique se há interferências na infraestrutura e reorganize.

Em leitos de hospitais, por exemplo, os móveis devem ser organizados para facilitar a ocupação e desocupação do espaço, reduzindo o tempo de espera para os pacientes.


4- Substitua equipamentos obsoletos

Aparelhos como: impressoras, ar-condicionado, lâmpadas, entre outros, devem ser avaliados anualmente. O ideal é investir em equipamentos mais modernos e funcionais.

Normalmente, o custo-benefício é superior. Manter aparelhos antigos aumenta o gasto com energia elétrica.

 

5- Atente-se aos indicadores de desempenho

Os indicadores de desempenho ou performance são índices usados para avaliar a eficiência dos processos hospitalares.

Ao ter conhecimento sobre esses dados, é possível identificar resultados e tomar melhores decisões na busca de reduzir custos.

Entre os indicadores, temos:

? Produtividade: nesse caso, são avaliados serviços mais rentáveis da empresa e os menos produtivos;

? Rentabilidade: índice que mede a arrecadação;

? Taxa de ocupação: quantos pacientes são atendidos por dia, mês e quantos leitos são necessários, por exemplo;

? Satisfação dos pacientes: um dos índices mais importantes para saber se o serviço prestado é de qualidade.

 

Há muitos outros indicadores para avaliar a sua empresa. O principal objetivo é conhecer sobre o serviço prestado e melhorar a produtividade de todo o empreendimento.

Além disso, ao ter o conhecimento sobre esses dados é possível reduzir custos.


6- Avalie os fornecedores

Avaliar os fornecedores de forma periódica permite que você reduza custos desnecessários em serviços que não trazem resultados para o hospital.

Permanecer com o mesmo fornecedor pode trazer prejuízos tanto na realização de atendimentos hospitalares, como financeiramente.

Geralmente o preço dos produtos é elevado e a qualidade é mínima. Por isso, é importante estar bem-informado sobre novos fornecedores existentes no mercado.

Além de saber sobre os principais diferenciais dos produtos e serviços, vale a pena realizar uma avaliação e conhecer as vantagens e desvantagens de cada fornecedor.


7- Realize manutenção preditiva 

Todo estabelecimento necessita de manutenções periódicas. Entretanto, alguns imprevistos podem acontecer.

Nesse caso, investir em manutenção preditiva reduz os custos com consertos emergenciais, que acabam saindo mais caros.

Por isso, adote a manutenção preditiva no seu plano de redução de custos hospitalares. Assim, você evita pagar valores elevados em imprevistos com infraestrutura, por exemplo.

 

Considerações finais

A redução de custos hospitalares nem sempre é simples de ser realizada, mas, quando feita de forma eficaz, torna possível a manutenção da qualidade dos serviços prestados com um bom custo-benefício para a instituição de saúde.

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